segunda-feira, 2 de março de 2009

SANTIFICAÇÃO DO DOMINGO

TIRADO DA CARTA APOSTÓLICA "DIES DOMINIDO" SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II, SOBRE A SANTIFICAÇÃO DO DOMINGO.
Veneráveis Irmãos no episcopado e no sacerdócio,Caríssimos Irmãos e Irmãs!
O dia do Senhor, como foi definido o domingo, desde os tempos apostólicos. mereceu sempre, na história da Igreja, uma consideração privilegiada devido à sua estreita conexão com o próprio núcleo do mistério cristão. O domingo, de fato, recorda, no ritmo semanal do tempo, o dia da ressurreição de Cristo. É a Páscoa da semana, na qual se celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, o cumprimento nele da primeira criação e o início da nova criação
Ao domingo, portanto, aplica-se, com muito acerto, a exclamação do Salmista: Este é o dia que Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria Salm. 118 [117], 24 “Este é o dia da vitória de Deus, o SENHOR; que seja para nós um dia de felicidade e alegria!”

Portanto, pode-se com razão dizer, como sugere a homilia de um autor do século IV, que o dia do Senhor é o senhor dos dias. Todos os que tiveram a graça de crer no Senhor ressuscitado não podem deixar de acolher o significado deste dia semanal, com o grande entusiasmo que fazia S. Jerónimo dizer: : O domingo é o dia da ressurreição, é o dia dos cristãos, é o nosso dia . De fato, ele é para os cristãos o principal dia de festa.
Os cristãos, apercebendo-se da originalidade do tempo novo e definitivo inaugurado por Cristo, assumiram como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor . Êxodo, é-lhe conferido sentido pleno, tornando-se memorial da redenção universal operada por Cristo morto e ressuscitado. Portanto, mais do que uma substituição do sábado, o domingo constitui a sua perfeita realização e, de certa forma, o seu desenvolvimento e plena expressão no caminho da história da salvação, que tem o seu ponto culminante em Cristo.

O dia do descanso
Durante alguns séculos, os cristãos viveram o domingo apenas como dia do culto, sem poderem juntar-lhe também o significado específico de descanso sabático. Só no século IV é que a lei civil do Império Romano reconheceu o ritmo semanal, fazendo com que, no dia do sol , os juízes, os habitantes das cidades e as corporações dos diversos ofícios parassem de trabalhar. Grande contentamento sentiram os cristãos ao verem assim afastados os obstáculos que, até então, tinham tornado por vezes heróica a observância do dia do Senhor. Podiam agora dedicar-se à oração comum, sem qualquer impedimento.

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