Descansar no Senhor significa permitir que Deus atue em nossa vida. Temos vivido uma vida frenética e movimentada, cuja finalidade é a sobrevivência. A maioria alega que, parar para ouvir Deus, ou se relacionar com Ele é perda de tempo, porque Deus só ajuda quem trabalha. O sábado, para eles, deve ser visto como um mandamento a ser reinterpretado. Os evangélicos tomam para si essa tarefa. A maior parte deles defende sua substituição, outros afirmam que essa ordem é descontextualizada para nosso tempo, que engloba a moderrnidade, e abarca grandes desafios como o enorme índice de desemprego no mundo, inclusive entre os países considerados do primeiro mundo.
Essa atitude ofende diretamente o caráter de Deus, furtando do ser humano a bênção singular dos que entram e aceitam esse descanso. Deus quer nos ensinar a dependência e a experiência de sermos supridos e cuidados por Ele. Promessas como “Entrega o seu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará” (Sl 37:5); “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus... e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33), ressaltam a intenção de Deus em cuidar e prover nosso sustento quando nEle confiamos e descansamos. E o convite de Jesus ecoa transcendendo o tempo e chegando até nós: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11:28).
Outra questão de suma importância a ser apreendida hoje, é o equívoco de que nenhum tempo deve ser digno de adoração, ou que qualquer tempo pode ser escolhido pelo homem. Com respeito a essa questão, precisamos responder a uma pergunta: Neste descanso sabático celebramos o tempo ou o ato? O tempo não deve ser o alvo de nossa celebração, e sim o ato. Porque foi pelo ato que veio a necessidade do tempo. O ato da criação de Deus é celebrado em um tempo escolhido por Ele. Celebramos o ato maravilhoso de Deus, e essa é a razão pela qual se estabeleceu um tempo. A Bíblia declara que não foi o homem criado por causa do sábado, e sim o sábado por causa do homem (Mc 2: 27). O ato da criação suscitou um tempo. E este foi definido e escolhido por Deus.
Se existe um mandamento de que as modernas pessoas apressadas e perturbadas precisam, esse é o sábado. Estamos tão ocupados tentando criar significado para a própria vida e servir a nós mesmos que nos esquecemos de que Deus é o único que pode lhe dar significado. Mostramos que ‘descansamos’ nele quando descansamos em Seu dia” (Jon L. Dybdahl, The Abundant Life Bible Amplifier: Exodus, p. 186).
“Deus viu que um repouso era essencial para o homem, mesmo no Paraíso. Ele necessitava pôr de lado seus próprios interesses e ocupações durante um dia dos sete, para que pudesse de maneira mais ampla contemplar as obras de Deus, e meditar em Seu poder e bondade. Necessitava de um sábado para, de maneira mais vívida, o fazer lembrar de Deus, e para despertar-lhe gratidão, visto que tudo quanto desfrutava e possuía viera das benignas mãos do Criador”
Separar o sábado como um dia santo significa que podemos cessar nossa produtividade e nossas realizações durante um dia em cada sete. O mais admirável nessa prática é que muda nossa atitude com relação ao restante da semana. Ela nos deixa livres até para nos preocupar menos com o quanto produzimos nos outros dias. Além disso, quando encerramos aquela fútil corrida após o vento, podemos descansar verdadeiramente e aprender a nos encantar de novas maneiras (Marva J. Dawn, Keeping the Sabbath Wholly [Guardando Completamente o Sábado], p. 19).
“A obra no Céu não cessa nunca, e o homem não deve descansar de fazer o bem. O sábado não se destina a ser um período de inútil inatividade. A lei proíbe trabalho secular no dia de repouso do Senhor; o labor que constitui o ganha-pão deve cessar; nenhum trabalho que vise prazer ou proveito mundanos é lícito nesse dia; mas, como Deus cessou Seu labor de criar e repousou no sábado e o abençoou, assim deve o homem deixar as ocupações da vida diária e devotar essas sagradas horas a um saudável repouso, ao culto e às boas obras. O ato de Cristo em curar os enfermos estava de perfeito acordo com a lei. Era uma obra que honrava o sábado”
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